Literatura Gótica

 
 
 
 
 
 
 
 
A literatura gótica tem influenciado os filmes e contos de horrores. São produzidos com um toque de suspense e mistério levando o leitor a um êxtase inexplicável.
As estruturas dessas narrativas são como todas as outras, mas geralmente os espaços são as igrejas (catedrais) cemitérios e florestas negras. Os ambientes são sombrios e nefastos; sangue e torturas são elementos do enredo. Os castelos são habitados por criaturas sobrenaturais que aterrorizam as aldeias e cidadezinhas.
A batalha nessas narrativas é do bem contra o mal e, em muitas obras nota-se a figura de um sacerdote, representando Deus e um mal que representa as forças diabólicas.
A obra mais notável de todos os tempos está na figura lendária do Vampiro. Apesar de sua existência improvável, algumas ou muitas pessoas acreditam que de fato eles existiram ou está entre nós.
Drácula deu origem há muitas histórias do gênero, dentre as quais a saga Crepúsculo.
É possível averiguar nos tipos de personagens criados pelos autores; quais deles é aceito pelo público? A saga Crepúsculo, A Hora do Espanto, Os caçadores de Monstros e Drácula são semelhantes, mas cada um produzido de acordo com o público. Estamos diante do gótico, apesar de características distintas eles possuem o mesmo tema: o sobrenatural.
 
 
 
 
 
 
 
 

Literatura

Prof. Sebastião Miguel

Literatura Gótica

Século XVlll

Horace Walpole (24 de setembro de 17172 de março de 1797) foi um aristocrata e romancista inglês. Inaugurou um novo gênero literário de ficção, o romance gótico, com a publicação da (The Castle of Otranto ,1764).

Horace Walpole

O Castelo de Otranto

Resenha

 


Uma história marcante, por ser influenciadora das maiores histórias de terror da literatura. Aqui está o berço de ouro da literatura gótica em: O castelo de Otranto, um romance gótico.

Lançado em 1764, fez grande sucesso entre a burguesia da época, que usava o livro para escapar do tédio cinza de seus tempos e a repetitiva ânsia imposta pelo racionalismo.

O livro é pequeno, dividido em apenas cinco capítulos, a linguagem é bastante simples, o enredo é envolto em uma névoa de mistério que prende até o final. A história e a narração se combinam, uma vez que a história toda se passa em poucos dias, sendo curta como o livro em si. O intrigante, é que um livro com poucas palavras foi capaz de dizer tanto, por tanto tempo!

O foco do livro está no principado de Otranto e o tirano Manfred, que comanda com garras de aço bem afiadas, este é casado com Hipólita, uma mulher dócil e completamente submissa ao marido e às tradições da sociedade em que vive. Matilda é a filha mais velha, por quem o tirano não demonstra nenhum sinal de afeição e carinho, vive lidando com a rejeição e é também submissa, como a mãe. O filho mais novo é o jovem Conrad, de saúde defasada, sempre indisposto e abatido, ainda assim era o preferido pelo pai, que era um homem obcecado por perpetuar a sua família no comando de Otranto. 


A linda Isabela, filha do Marquês de Vicenza, fora a escolhida para casar-se e ter em seu ventre o herdeiro do trono. A sede de poder é tão grande em Manfred, que após um fracasso neste casamento, passa a querer ele mesmo ter um filho com Isabela, chegando a cercar, a encurralar e tentar violentar a moça, nas dependências do castelo. Ela é obrigada a procurar por ajuda, e neste ponto, outros personagens ganham importância, como o Padre Jerônimo, e o misterioso e corajoso Teodoro, que logo atrai a infinita ira do tirano Manfred.

Esta obra apresenta com clareza os traços do romance gótico, uma vez que é pioneira no assunto.
O enredo é cheio de suspense e lotado de misteriosos acontecimentos sobrenaturais. O grande castelo apavorante e caindo aos pedaços serve de cenário, junto com as enormes escadarias, quadros aterrorizantes que se movem. Espectros que caminham pelas dependências do castelo, e uma atmosfera de submissão do mundo humano ao mundo sobrenatural. Os personagens apresentam uma enorme dose de melancolia, e esta talvez seja a maior característica dos protagonistas do gótico.

O inglês Horace Walpole nasceu em 1717 e faleceu em 1797, era membro da aristocracia, e filho de um poderoso estadista. Walpole estudou em Eton e Cambridge, passou parte de sua vida na França e na Itália. Walpole, posteriormente, adquiriu uma propriedade que fez parecer-se com seu castelo de Otranto, onde montou uma gráfica para a publicação de seus livros.

A magnitude dessa obra é quase inenarrável. Chegou a influenciar Mary Shelley na criação de Frankenstein, influenciou Bram Stoker na criação do magnífico romance, Drácula, Emily Bronte, em seu morro dos ventos uivantes, foi capaz de influenciar outros escritores, como Edgar Allan Poe, Matthew Lewis e até mesmo mais recentes, como Stephen King. Apesar de a história ter sido considerada muito inverossímil pelos posteriores autores, é possível encontrar a influencia de Walpole em todos os nomes acima e tantos outros escritores, o que consolida o castelo de Otranto ainda mais, como uma grande obra do século XVIII.

 
 
 
Observem nas figuras abaixo  e veja o olhar sombrio num plano de fundo negro, 
 
 
 
 
 
 
 
Aqui é possível verificar o modelo de crucifixo que representa a religiosidade como o único meio de vencer as forças do mal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste cenário a figura de uma lua representa a noite propícia dos vampiros e monstros noturnos deixarem suas tumbas e aterrorizarem os mortais. 
 
 
 
 
Esta figura traz o peso da lua e as asas enormes de um terrível ser sobrenatural
 
 
 
 
 
 
O ambiente aqui é uma floresta macabra sem vegetação e com a lua cheia de fundo dando a ideia de noite sombria propícia aos seres da noite.
 
 
 
 
 
Drácula: baseado nos contos antigos
 
 
 
 
 
 
 
 
 Veja a cena logo abaixo
 
 
 
 
 
 

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