sábado, 27 de outubro de 2012


O prazer pela leitura

Prof. Sebastião Miguel

 

                 Por onde passamos os nossos olhos, por rápidos que sejam, vislumbramos com informações de todos os tipos, cores e tamanhos; os mais variados gêneros de textos e formas midiáticas, impressas ou rabiscos para todos os gostos e idade, e quem sabe o sexo.

                  A leitura depende de cada um, cada pessoa tem seu encanto por determinada forma de linguagem, escrita ou simplesmente falada. Quem já não ouviu nas ruas o carro da pamonha, dos ovos, das sardinhas; a buzina do entregador de gás, do pão?

                   Dentro da escola, apesar de tantas informações, a linguagem simplesmente deixa de ser democrática quando impera a autonomia do professor de língua portuguesa que corrige tudo que está fora dos padrões normativos da gramática. Será que não acaba podando  as crianças de agirem naturalmente? Onde afinal está o ensino de leitura? A leitura permite todo esse emaranhado de dizeres populares, permite também que sejamos mediadores de uma leitura reflexiva, isto é, refletir sobre determinada  linguagem, não  a transformando, mas comparando-as variadas formas de dizer e comunicar algo.

                  A leitura é feita por quem entende bem de gramática e por quem detesta gramática. Ela não tem muita afinidade com a norma padrão, mas a respeita; principalmente quando se trata de textos que exigem uma linguagem mais formal, daquelas que encontramos em artigos de opinião, por exemplo. Não justifica, entretanto, que esta mesma linguagem seja empregada numa crônica, ou em um conto, numa letra de música, num poema ou em outro texto menos formal.

                   O prazer pela leitura é algo vital. Não se deve ler por obrigação. Temos que criar hábito espontâneo como sentar à mesa e tomar nosso café da manhã. Ler um jornal, um bilhete pregado na porta do refrigerador, uma marca de batom no espelho do banheiro ou simplesmente uma mensagem deixada nos e-mails ou facebook.

                   A troca de informação requer que sejamos autoeficientes também na leitura como ferramenta de interação. Dessa forma não há simplesmente apenas uma forma de falar e escrever enunciados, mas uma grande quantidade de textos que circulam na sociedade e, eles, são tão variados, que não sabemos quantos modelos de gêneros possa existir. Então, caro, leitor convido você a descobrir qual é a melhor forma de leitura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário