Semana da Consciência Negra
Uma bondosa personalidade real uma certa vez, pressionada ou não teve uma brilhante ideia – assinar um documento em que todos os escravos seriam livres, complementando outra lei anterior a do ventre livre. O certo é que muitos daqueles infelizes libertos contra a vontade dos patrões: senhores de Engenhos, Barões do Café dentre outros médios e grandes latifundiários foram obrigados a libertar todos seus escravos.
Alguns grupos formados tentaram ainda burlar a lei mantendo escravos em suas propriedades – outros se vendo pressionado pelo dito da Princesa Isabel mantinham seus escravos em condições sub humanas pagando pelos serviços um valor bem inferior, muitas vezes mal dava para sua sobrevivência.
As décadas que se seguiram foram convivendo na sociedade: brancos, negros, índios, mulatos, imigrantes dentre outros. Os imigrantes italianos foram trazidos ao Brasil a fim de substituir os escravos na agricultura.
Apesar de abolida a escravatura brasileira, ainda era possível ver indícios de torturas e prisões de negros até meados do século XlX. Um desses episódios é a conhecida Revolta da Chibata – a Revolta d Chibata foi um movimnto de Militare da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felizberto.
Na ocasião, mais de dois mil marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos como punição, ameaçando bombardear a cidade. Durante os seis dias do motim seis oficiais foram mortos, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.
É um breve relato de marinheiros que viviam sendo castigados por errarem, naquela ocasião os marinheiros eram em sua maioria negros. Em condições precárias viviam de restos de lixo em porões de navios e até convivendo com ratos e baratas. Muitos morriam em serviço.
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